2018 começando !!!

Fala cambada, tudo blz!! 2018 chegou e logo dias 27 e 28 de janeiro, teremos o festival ECPA de arrancada, na famosa pista de Piracicaba! Prova que promete ser bem bacana e eu estarei lá brigando pela vitória com o Passatão!
Mas vou ser bem sincero com vocês, pois a realidade da arrancada nunca esteve tão preocupante como agora. Principalmente no estado de São Paulo!
Com a crise financeira do nosso país, que vem desde 2011/2012, vimos cada vez mais praticantes do nosso esporte abandonarem as pistas. O custo para se manter um carro de arrancada é muito alto e as prioridades da vida fazem com que grande parte destes carros fiquem parados em alguma garagem da vida.
Por outro lado, os organizadores também tem o mesmo problema, o custo de uma corrida de alto nível é muito grande e eles precisam de vários carros inscritos para poder lucrar, pois se não, qual seria o objetivo deles? Ninguém trabalha de graça!
Ano passado, tirando a pista do Velopark que é a top do Brasil e fez por merecer em 2017 e a pista de Tremembé que é uma novidade e também "bombou", todas as outras tiveram problemas.
Grids com menos de 40/45 carros não pagam as corridas e muito menos dão lucro. As pistas de Uberlândia, ECPA, Race Park, Comburiu, Sorocaba, etc, tinham na média de 40 a 50 carros na corrida e sofreram para se manter na temporada passada. O ECPA chegou a fazer etapas em 2009/2010 com 120 carros na pista.
Para vocês terem uma idéia, uma cronometragem de ponta hoje (aluguel), custa em média R$4.500 por corrida (três dias), um tratamento top de pista (produto + tratador) uns R$4.500 de média por etapa. Ai temos a vistoria (mão de obra + balança), comissários da FASP/Liga, ambulância (UTI móvel), bombeiros, caminhão reboque (alugado), diretor de prova, ajudantes gerais, seguranças, material de divulgação antes da etapa, custos com energia nas puxadas noturnas, material de gráfica (pulseiras pilotos + material de inscrição e apoio), etc. Ou seja, é caro fazer uma corrida de alto nível.
Pra piorar a pista de Tremembé que vinha bem, teve as portas fechadas por causa de "incompatibilidade" de pensamentos entre seus sócios. Já que lá o problema é ainda maior, pois o dinheiro de um possível lucro é dividido entre três, quatro proprietários!
Muitos não aguentaram, Saltinho foi um dos mortos e sepultados e a pista nem existe mais, outro que não aguentou foi o Mega Space em Minas, que parou com a arrancada, e recentemente o maior tombo de todos, um Festival Brasileiro de Arrancada cancelado depois de 23 anos de história, no qual participei por várias vezes. Ai me pergunto? O que será do nosso futuro, será que estamos virando uma Venezuela e as provas de alto nível vão ficar apenas na memória!
Então meus amigos, é momento de parar e pensar, conversar e buscar soluções em termos de custos, tanto para os pilotos, como também para os organizadores. Vamos pensar positivo e conversar, buscando soluções em meio a tempestade e fazendo nossa cultura da arrancada brasileira continuar firme e forte. E a maior decisão de todas, não só para a arrancada, mas para nossas vidas e famílias! Vamos votar certo em 2018, pois o grande vilão da arrancada brasileira foi nosso governo corrupto dos últimos anos!
Abraço a todos e fiquem com Deus!!